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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Chávez, pão, circo e celulares: A mistura perfeita.



Todo bom político sabe que um governo desejoso de se manter no poder eternamente, só conseguirá isso controlando todos os aspectos da comunicação, propaganda e da vida do cidadão.


Sempre que se fala sobre Chávez, ele é defendido com unhas e dentes pelos que o acham um grande líder libertário. Alguns chegam ao absurdo de dizer que Chávez não é um ditador pelo simples fato de ter sido eleito. Normalmente essa argumentação cai por terra, quando são lembrados do fato de que, alguns dos mais sangrentos ditadores da história, foram eleitos pelo povo (em grande aclamação) ou cumpriram todas as etapas legais dos sistemas eleitorais de seus países. Contudo, nada muda o fato histórico de serem ditadores. (Hitler, Mussolini, Stálin, Getúlio Vargas, etc…)


E assim é com Chávez. Apesar do discurso de grande líder e das bazófias junto a comunidade internacional, suas atitudes o qualificam apenas como um ditardorzinho de quinta categoria; aplicando a política do “pão e circo” sobre seu sofrido povo. Sempre em busca de estender o controle estatal a tudo que anda, voa, rasteja ou é transmitido na Venezuela. Eliminando, assim, qualquer voz destoante do seu discurso messiânico.

Agora, enquanto o país atravessa uma terrível fase de privações (agravadas pela crise internacional e a queda do preço do petróleo) Chávez, ao invés de “correr atrás” para abastecer seu povo com gêneros alimentícios “supérfluos” e “sem importância”; próprios dos burgueses escravos do capitalismo neoliberal estadunidense, como carne, leite, arroz, feijão e outros; cria, com grande alarde o “Vergatário” (“Grandioso em espanhol”).

A nova cria é um aparelho celular subsidiado que custará algo em torno de US$14,00 dólares. Segundo ele, a criação do “Grandioso” visa proporcionar “aos pobres” de seu país (e do mundo, futuramente, é claro) acesso a telefonia celular. Além disso, o “Grandioso” impedirá que o “Satã Estadunidense” monitore suas ligações vitais e repletas de segredos (como o da vida eterna) com Fidel Castro.

Concordo com ele. Quem sabe, assim, o povo venezuelano poderá ligar para as unidades de emergência enquanto morre de fome ou sofre com as carências alimentares diárias.

Em sua sanha por controle total e pela vitória sobre o “Grande Satã Estadunidense”, Chávez agora ameaça fechar mais um canal de televisão de grande audiência (a Globovisión), pelo simples fato dos caras terem dado “um furo” de reportagem nas redes de televisão estatais.

Ao noticiarem um terremoto, ocorrido na capital do país, o pessoal da Globovisión transformou-se em “agentes do terror estadunidense” e são acusados de levar pânico a população pobre (sim, porque com os ricos Chávez não se importa. Ou será que não?). O terremoto foi brando e não provocou vítimas (o que foi noticiado pelo canal). As agências estatais simplesmente omitiram a informação, conforme desejo do governo (afinal nada pode perturbar a paz interna). Mas, como a Mãe Natureza é uma agente do “Grande Satã Estadunidense”, o noticiário da Globovisión tinha que mostrá-lo para provocar terror e derrubar o governo de Hugo Chávez.

Meu caro leitor! Tenha você a posição política que for; entenda que nada e nenhum regime de governo pode ter o direito ou a prerrogativa de controlar os meios de comunicação, impedir a liberdade de livre pensamento e controlar as mentes de seus cidadãos. Se o presidente de um país acha que seu governo não conseguirá resistir a um simples noticiário de televisão; é porque esse governo só existe graças a propaganda e a mentira. Logo, deve mesmo deixar de existir, pelo simples fato de não ter competência para tal.

Normalmente começa assim: o cidadão cede um pouco aqui, um pouco ali em nome de uma promessa de independência e liberdade que nunca chega. Quando percebe, as solas das botas já estão golpeando as portas e pessoas começam a sumir na escuridão da noite.

Nada pode ser melhor do que a liberdade.