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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Nordeste brasileiro continua a concentrar sua riqueza

 
O crescimento industrial do Nordeste não ocorre de foram igualitária, segundo avalia o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Alagoas e doutor em economia regional, Cícero Péricles Carvalho. De acordo com ele, falar em desenvolvimento da região como um todo se torna um equívoco, já que a industrialização é um fenômeno real apenas em três Estados: Bahia, Ceará e Pernambuco.

Para Carvalho, os números pujantes da economia nordestina escondem uma ampliação da concentração das riquezas nos maiores centros da região, com pouca oportunidade para os demais Estados.

"Ampliou-se uma distorção já existente, que é a concentração geográfica interna. Na faixa oriental entre Fortaleza, Recife e Salvador, estão 90% do PIB [Produto Interno Buto] industrial da região. Como as economias nordestinas são assimétricas, as unidades maiores e as mais ricas saíram na frente", declara.

Segundo ele, hoje, as regiões metropolitanas de Fortaleza, Recife e Salvador têm mais população e renda do que os estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Sergipe juntos.

Para o economista, a política fiscal de incentivo foi importante para auxiliar os três Estados nordestinos na atração de empreendimentos.

"Nos anos 90, em meio a uma fase marcada pelo processo de liberalização da economia nacional e pela ausência de uma política de desenvolvimento industrial, com o esvaziamento da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), que era a instituição coordenadora do planejamento regional, os maiores estados nordestinos -Bahia, Ceará e Pernambuco- iniciaram uma estratégia de concessão de incentivos, a conhecida guerra fiscal", afirma Carvalho.

Três centros industriais atraem atenção de empresas

O "milagre econômico do Nordeste" está concentrado nos três grandes centros industriais, nos Estados de Ceará, Bahia e Pernambuco. O mais pujante deles é o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca (na região metropolitana do Recife).
O complexo pernambucano foi o que mais recebeu investimentos e promessas nos últimos anos.

De 2007 a 2011, foram investidos US$ 9,7 bilhões, de um total previsto de US$ 26,1 bilhões. Os US$ 16,4 bilhões restantes devem ser investidos até 2015, segundo Silvio Leimig, diretor do Suape Global
O momento de Suape é tão bom que o complexo se dá ao luxo de tentar convencer os empresários que buscam investir no local a procurarem outras áreas em Pernambuco. Hoje, existem vários critérios para aprovação da instalação de uma empresa no complexo.

"Temos dois objetivos quando um empresário nos procura: que a empresa fique aqui, em Pernambuco, e que não fique em Suape. A diretriz do governo é que o desenvolvimento seja espalhado para todo o Estado. Um bom exemplo foi a Fiat. Ela foi atraída para Suape, mas fizemos um grande esforço para tirá-la daqui e para abrir uma nova frente de desenvolvimento em outro local. Junto com a Fiat irão 60 empresas, que vão desenvolver toda região da mata norte do Estado", afirma Leimig.

Hoje, Suape possui investimentos de peso, com destaque para a refinaria Abreu e Lima, que tem investimentos de US$ 17 bilhões em andamento -a previsão é que a unidade comece a operar, na primeira fase, no segundo semestre de 2014.

No Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), os investimentos em andamento passam da casa dos R$ 14 bilhões. O maior investimento do local é Companhia Siderúrgica do Pecém, que devem empregar 3.300 pessoas, num investimento de R$ 11,1 bilhões.

Além dos investimentos em andamento, mais R$ 1 bilhão foi investido nas empresas já instaladas no local. Para ampliar a capacidade, devem ser investidos na ampliação do porto até 2015.

No Pólo de Camaçari (na região metropolitana de Salvador), os investimentos feitos desde 2007 e previstos até 2015 devem superar a marca de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 30 milhões), gerando 17 mil empregos diretos.

Venda de carros em expansão atrai montadoras

A Fiat é um dos exemplos de e aposta na expansão do mercado nordestino. A empresa informou que a escolha por Goiana (a 80 km do Recife, em Pernambuco). Pernambuco ocorreu pela posição geográfica estratégica.

"Pernambuco está consolidado como o Estado que mais se desenvolve no Nordeste, região com maior potencial de elevação do consumo entre os brasileiros. Além disso, a opção da Fiat pela região Nordeste do país, mais especificamente por Pernambuco, se fundamenta na posição desenvolvimentista adotada pelo governo do Estado."

A montadora está investindo R$ 4 bilhões até o segundo semestre de 2014. A fábrica terá capacidade de produção de 250 mil carros por ano e sua operação vai gerar cerca de 4.500 vagas de emprego. Durante o período de construção, a fábrica vai criar 7.000 empregos.

Outra montadora que escolheu se instalar fora do eixo Sul-Sudeste foi a JAC Motor. Segundo o setor de comunicação, a montadora definiu três pontos como fundamentais para a escolha do local de sua primeira fábrica no país: proximidade de fornecedores, facilidade logística (acesso a estradas e portos) e o momento nordestino.

"O Nordeste é apontado como a região que mais cresce na venda de veículos. Enquanto a venda de carros em São Paulo subiu 15%, e no Brasil cresceu 40%, Recife e Salvador cresceram 70%. Isso também foi um fator determinante, pois São Paulo está crescendo menos que o Brasil, e hoje lá você tem um mercado de substituição", diz nota distribuída pela empresa.

A JAC deve investir R$ 1 bilhão numa fábrica de veículos de passeio e caminhões, com produção de 100 mil peças por ano. A expectativa é que 3.500 empregos sejam gerados quando a fábrica estiver em instalação.
 
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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

O mistério do bebê de 20 anos


A americana Brooke Greenberg chegou a duas décadas de vida no dia 8 de janeiro. Em uma idade na qual a maioria das meninas já está trabalhando e cursando faculdade, ela tem uma rotina um pouco diferente: acorda, sua mãe troca suas roupas, lhe dá banho e sai para passear com ela no carrinho. Em um caso médico raríssimo, Brooke parou de crescer com 76 centímetros de altura, sete quilos e a capacidade mental de um bebê.
A história já não é uma novidade entre os cientistas, mas segue sendo um enorme ponto de interrogação. Tão misterioso que recebeu dos doutores o nome de “síndrome X”. Aos cinco anos, ela registrou pela última vez algum tipo de crescimento corporal, e desde então tem sido objeto de estudo para médicos e geneticistas de renome.
Brooke teve um nascimento tranquilo, e até um ano de idade seu padrão de crescimento esteve dentro do que se esperava. Mesmo depois que ela “parou no tempo” e passou a ser alvo de curiosidade do mundo inteiro, não deixou de ser saudável. Todas as suas funções biológicas ocorrem naturalmente, ela se alimenta bem, dorme bem. Tendo isso em conta, seus pais nunca consideraram que a filha estivesse realmente doente.
Até os mecanismos ligados ao crescimento aparentam ser normais. Os exames nunca registraram uma anomalia no sistema endócrino e nem no material genético, o que deixa os cientistas perdidos: se o problema não está em hormônios e nem no DNA, onde é que pode estar?
Na falta de uma resposta a essa questão, os pais de Brooke preenchem as entrevistas sobre a menina com o mesmo discurso: não estão desesperados atrás de uma “cura” para a filha. Enquanto ela for saudável e feliz, eles apenas cuidam dela e deixam que a ciência quebre a cabeça atrás da solução do enigma. [Live Science / Shine]
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