Mostrando postagens com marcador antarctica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador antarctica. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vida onde seria "impossível".

Para quem acredita que a ciência desvendou tudo sobre nosso planeta, ai vai mais uma bizarrice da nossa nave Terra e seus visitantes.
Situado nos vales secos de McMurdo, na Antárctica – existe uma catarata de gelo que se tinge de vermelho intenso, parecendo-se com sangue a cada vez que emana água salgada. Por isso, a região foi mesmo denominada de Cataratas de Sangue (Blood Falls).
Um estudo publicado na revista «Science» refere que o local poderá conter micro-organismos cuja vida tenha começado fora do nosso planeta, bastante adaptados a ambientes inóspitos e com pouco oxigênio. O trabalho teve base numa iniciativa da Fundação Nacional para a Ciência (Nasa) e da Harvard's Microbial Sciences Initiative.
Os investigadores determinaram que compostos férricos podem contribuir para colorir a água, embora não se consiga determinar a sua procedência; para além de indicarem ter encontrado uma estranha bactéria num poço de água extremamente salgada. O micro-organismo esteve no meio do gelo durante mais de 1,5 milhões de anos, sem acesso à luz ou oxigênio.
O local é considerado como um dos desertos mais extremos do mundo e é desprovido de qualquer gelo, já que nunca neva; no entanto, está rodeado de gelo, nos vales secos, originado a partir de água doce.
Jill Mikucki, líder do estudo enquanto investigadora da Universidade de Harvard (e hoje no Dartmouth College, em Hanover, EUA) descobriu vida nas Cataratas de Sangue há alguns anos, mas levou-lhe bastante tempo a conseguir retirar uma amostra para análise. Quando finalmente a retirou, na sua composição química descobriu que uma comunidade de bactérias teve uma existência bastante enclausurada. Durante milhares de anos, os micro-organismos estiveram encarcerados sem nutrientes ou qualquer contato com o mundo exterior.
A investigadora de Harvard encontrou pelo menos 17 tipos de micróbios diferentes, que vivem sem oxigênio, nem luz solar – o que contraria uma exigência básica do resto dos seres vivos do nosso planeta.


Imagem da NASA da região onde ocorre esse fenômeno.

Veja também.