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terça-feira, 14 de maio de 2013

Portugueses descobriram a Austrália?


A hipótese de que os portugueses tinham navegado até a costa da Austrália é bem antiga. Para dizer a verdade, vem do século XIX, mas de vez em quando recebe algum ânimo de vida.
O último destes ânimos foi dado pelo jornalista Peter Trickett, que publicou o livro “Beyond Cabricorn” em 2007, alegando ter provas que o capitão português Cristóvão de Mendonça liderou uma frota de quatro navios até a Botany Bay em 1522 – quase 250 anos antes do capitão britânico James Cook.
A prova em questão é um mapa do século XVI, encontrado em uma biblioteca de Los Angeles (EUA). Segundo Trickett, quando ampliado, o mapa é muito semelhante à costa leste da Austrália.
A história de como Trickett encontrou o mapa é interessante em si mesma. Ao passar em uma livraria de Camberra (Austrália), ele encontrou uma cópia do Atlas Vallard, uma coleção de 15 mapas feitos antes de 1545 na França, representando o mundo conhecido.
Dois dos mapas, chamados “Terra Java”, chamaram sua atenção, pois tinham uma semelhança enorme com a costa australiana; exceto que em certo ponto a linha da costa dos mapas e da Austrália divergiam por um ângulo reto.
O palpite de Trickett foi que quem desenhou os mapas Vallard errou o posicionamento de um deles. Na época, os mapas eram desenhados em pergaminho, uma pele de animal, geralmente bode ou ovelha, com tamanho limitado, e para desenhar uma costa de 3.500 km provavelmente seriam necessários 3 ou 4 cartas cartográficas.
Na hora de produzir os Vallard, algum cartógrafo teria ficado confuso pela ausência de uma rosa dos ventos que orientasse o posicionamento correto do mapa. Utilizando um computador, Trickett girou a parte mais sul por 90 graus, e obteve o que chamou de uma cópia precisa da costa australiana.
O Capitão Cristóvão de Mendonça teria saído da base portuguesa de Malacca com quatro navios para descobrir a “Ilha do Ouro”, que Marco Polo dizia existir a sul de Java. A descoberta teria sido mantida em segredo por dois fatores: o primeiro, o fato de que os portugueses não tinham certeza se estavam invadindo território espanhol, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. O segundo teria sido o terremoto de Lisboa em 1755, que levou à queima dos documentos no incêndio que se seguiu ao desastre.
O livro de Trickett foi traduzido para o português e discutido em 2008 por especialistas da história marítima portuguesa, “Os Portugueses na Austrália“, grupo criado especialmente para isso.
O consenso geral dos especialistas foi de que “os portugueses andaram pela Austrália, mas a Austrália não lhes interessou para nada”. Também afirmaram que “os portugueses estiveram na Austrália, [mas] os ingleses descobriram-na (no sentido do termo que compreende a noção de lhe terem dado um espaço no conjunto das nações)”.
Navegando tão perto daquela imensa massa de terra, era impossível que os portugueses não a tivessem encontrado. Mas as dificuldades de acesso e o pouco ouro encontrado provavelmente fizeram com que eles perdessem completamente o interesse no Novo Mundo.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A cruz incandescente da Austrália.

imageTHPNo dia 30 de setembro de 1907, William Thomas Thurling Steensonn, morreu em Lismore, Austrália, depois evitar um terrível acidente, ao parar um trem, desviado de sua rota, próximo de Mullumbimby.
Pois bem, setenta anos depois o túmulo dele despertou o interesse mundial.
image0E0Tudo começou quando, em 1978, um acontecimento estranho ocorreu na pequena cidade australiana de Lismore, como mostram os artigos que começaram a circular nos jornais da época.
Falavam de uma misteriosa cruz que ardia misteriosamente no antigo cemitério de Lismore.
O cemitério ficou abandonado por muitos anos e foi motivo de preocupação dos habitantes devido a seu lamentável estado de conservação. Pois bem, a lápide da cruz ardente era bem a da sepultura de Steenson, o trabalhador da estrada de ferro que morreu em 1907, procurando evitar um acidente.
Por meses a imprensa publicou artigos sobre o assunto, enquanto, todas as noites, um sem número de destemidos aventureiros iam até o cemitério testemunhar, com seus próprios olhos, o estranho fenômeno. Logo começou a chegar gente de toda parte da Austrália, vieram os curandeiros, os físicos, os religiosos e como não podia faltar, os eternos peregrinos atrás de milagres...
Foi então que se divulgou a notícia de que alguns habitantes já sabiam da existência da cruz ardente a mais de 60 anos, desde o acidente.
imageDAICom a balburdia despertada, a família de Steenson, expressou publicamente o seu desgosto pelo vandalismo que a publicidade exagerada atraiu para o lugar de descanso de seu antepassado:William Thomas.Mas nada detinha as massas que aumentavam a cada dia, e assim, um debate apaixonado se espalhou por toda a comunidade: O que fazia a cruz arder em chamas? Enquanto alguns reivindicaram que era apenas uma questão de reflexo de luz (ilusão de ótica), outros pensavam ser uma desconhecida propriedade do granito usado na sepultura, mas a esmagadora maioria atribuía ao fato aspectos sobrenaturais. Porém nunca houve um consenso e como toda moda um dia perde seu charme, a cruz voltou à obscuridade, coberta que foi por ervas daninhas, até que em 1980 uma casual limpeza (!!!) despertou o assunto de novo.
Os debates e o interesse mantiveram-se por mais oito anos, tendo momentos de calmaria e de extremada paixão...Porém, em 1986, durante um novo pico de interesse, a cruz desapareceu inexplicavelmente.... Um mistério dentro de um mistério... Eis que, no auge de um novo debate a Cruz Ardente desapareceu.
imageVH7O mais curioso é que, pouco tempo depois, a família de Steenson recebeu de anônimos a quantia de dois mil dólares para construir uma réplica da cruz e protegê-la.
Mas isto não foi suficiente para evitar que, em 1989, a réplica da cruz fosse impiedosamente derrubada por vândalos...
Mesmo durante uma leitura casual, como esta, este assunto desperta em nosso interior numerosas perguntas que ficaram sem resposta.
1.Onde será que foi parar a cruz?
2.O que provocava seu brilho?
3.Quem roubou a cruz? Que motivo teve? E como pode fazer isto sob os olhos de testemunhas e no ápice de uma nova discussão?
4.Do que era feita a cruz? Será que era realmente um granito de Balmoral, como diziam?
5.Quem consertou a cruz em 1984?
6.Quem doou os $2,000.00 para a construção e proteção da réplica da cruz?
7.Será que existem mais cruzes ardentes pelo mundo?
8.Por que o pedestal da cruz não tem o mesmo brilho se é feito do mesmo material?

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