O adolescente Calvino Inman tinha acabado de sair do banho quando se olhou no espelho e entrou em pânico. “Eu me vi no espelho e achei que fosse morrer”, diz o garoto de 15 anos, que viu sua própria imagem com sangue saindo dos olhos. Quando Inman chegou no hospital, o sangramento já havia parado por conta própria. Alguns dias depois, as lágrimas de sangue voltaram, e o garoto foi novamente encaminhado ao hospital, mas os médicos não tinham resposta para o seu problema. “As pessoas do hospital disseram que nunca tinham visto nada igual”, afirma Tammy Mynatt, mãe de Calvino. Desde então, o garoto vem chorando sangue sem que especialistas saibam qual é o problema ou como impedir que isso aconteça. No hospital, o adolescente fez uma série de exames, mas tudo estava normal. Barret Haik, diretor do Instituto Oftalmológico da Universidade do Tennesse, nos Estados Unidos, afirma que existe uma explicação para este problema. A condição, chamada de hemolacria, é comum em pessoas que sofreram trauma intenso ou que tiveram ferimentos na cabeça. “Mas é realmente raro ter um caso como esse”, afirma Haik. “Só acontecem casos sem causa óbvia uma vez em muitos anos”, completa. Haik publicou em 2004 um levantamento com crianças que tiveram casos inexplicáveis de hemolacria. Os casos foram analisados desde 1992 até 2003, e apenas quatro pacientes do tipo foram encontrados. O adolescente Calvino Inman tinha acabado de sair do banho quando se olhou no espelho e entrou em pânico. “Eu me vi no espelho e achei que fosse morrer”, diz o garoto de 15 anos, que viu sua própria imagem com sangue saindo dos olhos. Quando Inman chegou no hospital, o sangramento já havia parado por conta própria. | Veja um caso semelhante aqui . Alguns dias depois, as lágrimas de sangue voltaram, e o garoto foi novamente encaminhado ao hospital, mas os médicos não tinham resposta para o seu problema. “As pessoas do hospital disseram que nunca tinham visto nada igual”, afirma Tammy Mynatt, mãe de Calvino. James Flemming, oftalmologista do mesmo Instituto, está analisando os registros médicos de Inman, procurando um tratamento para o garoto. Flemming afirma estar procurando por coágulos de sangue, um tumor próximo ao olho ou até mesmo uma infecção. O médico acredita que a causa pode ser tão pequena que não foi captada pelos exames convencionais, e que talvez seja necessário esperar por outros sintomas para descobrir a causa do fenômeno. O adolescente também deve passar por exames psicológicos, para excluir a possibilidade de que ele esteja fingindo as lágrimas. “Quando não se encontra uma origem para o problema, não podemos eliminar esta possibilidade”, explica Haik. Ele afirma que, em alguns casos, crianças encontraram modos criativos de fingir a hemolacria. Mesmo depois de todos os testes, existe a possibilidade que a causa do problema nunca seja encontrada. Nos quatro casos analisados por Haik, o sangramento parou sozinho. “Como médicos, isso é desconcertante, pois gostamos de ter as respostas”, admite Haik, que também comenta que isso é ainda pior para os pacientes: “Eu sempre vi o medo nos seus rostos, porque não conseguimos encontrar uma solução”, diz. [CNN] |
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domingo, 13 de setembro de 2009
O garoto que chora sangue.
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