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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Mistério do manuscrito Voynich pode ser desvendado

Parece que os pesquisadores que apostavam que o manuscrito de Voynich não passava de uma farsa estão um pouco enfraquecidos nessa batalha. Isso porque, pela primeira vez, as ilustrações de plantas contidas no livro misterioso estão sendo associadas a espécies nativas da América Central, o que sugere uma nova origem do texto. A aposta é que as inscrições estejam em um dialeto extinto da língua mexicana Nahuatl.
O documento tem intrigado pesquisadores desde que o livreiro Wilfrid Voynich o encontrou em um mosteiro italiano, em 1912. Além das palavras aparentemente indecifráveis, as 240 páginas ainda incluem desenhos de ninfas nuas, diagramas astrológicos e plantas que ninguém foi capaz de identificar.
Ao longo dos anos, uma guerra acadêmica tem se intensificado entre aqueles que pensam que o manuscrito contém uma linguagem real que poderia, eventualmente, ser decodificada, e aqueles que pensam que não passa de uma falsificação inteligente projetada para enganar colecionadores de livros. “É uma batalha com os dois lados”, diz Alain Touwaide, historiador da botânica no Instituto Smithsonian, em Washington DC, à revista “New Scientist”.
Anteriormente, muitos pesquisadores assumiram que o manuscrito teria se originado na Europa, onde foi encontrado. Porém, o botânico Arthur Tucker, da Delaware State University (EUA), notou semelhanças entre certas plantas do manuscrito e ilustrações de plantas em registros do México do século XVI.
O exemplo mais marcante foi uma ilustração de uma planta-de-sabão (xiuhamolli) em um livro mexicano de 1552. Tucker e Rexford Talbert, um pesquisador aposentado de tecnologia da informação do Departamento de Defesa norte-americano e da NASA, ligaram um total de 37 das 303 plantas, seis animais e um mineral ilustrados no manuscrito Voynich a espécies que existiam no século XVI na região que fica entre os estados do Texas, Califórnia e da Nicarágua. A dupla acredita que muitas das plantas poderiam ter vindo do que é agora o centro do México – e que o texto poderia estar escrito em uma forma extinta da língua Nahuatl mexicana. Decifrar os nomes dessas plantas poderia, portanto, ajudar a quebrar o código Voynich.
Até então, já haviam sido realizadas ao menos 25 pesquisas sobre o material, todas sem resultados conclusivos. Em 2013, pesquisadores fizeram análises do ponto de vista estatístico e concluíram que as sentenças seguem a Lei de Zipf: a palavra mais comum em uma linguagem natural é duas vezes mais usada que a segunda e três vezes mais do que a terceira, e assim sucessivamente. Isso provaria que o arquivo traz uma linguagem estruturada.
Mesmo com tanta animação de um lado desta disputa, Gordon Rugg, da Universidade de Keele, no Reino Unido, permanece cético. Ele acha que um falsificador cuidadoso poderia ter criado plantas que parecessem plausíveis. “Há grandes chances de você encontrar no mundo plantas que se pareçam com as do manuscrito Voynich apenas por acaso”, garante.
Já Touwaide afirma que os resultados são intrigantes, mas concorda que eles formam apenas uma das muitas hipóteses. “Acredito que isso não prova nada. Se for uma falsificação, alguém poderia muito bem ter tido a ideia de criá-la com base na flora do Novo Mundo”, pondera.
Tucker admite que há trabalho a ser feito antes que eles possam jogar fora a hipótese de fraude. Ainda assim, uma das plantas de Voynich o intriga. Ela parece muito semelhante à Viola bicolor, o amor-perfeito do campo, que só cresce na América do Norte. A distinção entre esta planta e seu parente europeu, a Viola tricolor, não era conhecida até depois da descoberta do Voynich. Tirando uma viagem no tempo, provoca Tucker, como isso teria sido possível?
“Se é uma farsa, alguém fez um ótimo trabalho e teve a ajuda de um botânico competente que tinha conhecimento apenas disponível após 1912″, diz. [News Scientist]
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Misterioso manuscrito Voynich

É um dos maiores mistérios da criptografia. O Manuscrito Voynich, descoberto em 1912, um livro ilustrado onde tanto as palavras como os desenhos não foram até agora compreendidos. A própria datação da obra estava envolta em polemica.
Um novo estudo do Departamento de Física da Universidade do Arizona vem pôr aquela data em causa. As páginas do livro (em papel velino, uma espécie de pergaminho de alta qualidade) datam do século XV, descobriu a equipa dirigida por Greg Hodgins, depois da datação de radiocarbono por espectrometria de massa com aceleradores.

A equipe conseguiu apenas datar as páginas e não as tintas. “Seria fantástico conseguirmos determinar com a ajuda do radiocarbono a antiguidade das tintas”, afirma o investigador. Mas esse trabalho parece ser quase impossível.

Em primeiro lugar porque, à superfície, a quantidade de tinta é pequena, sendo muito baixo o conteúdo de carbono. Depois, algumas tintas não são à base de carbono. No entanto, as cores são consistentes com a paleta utilizada no Renascimento.

História do manuscrito
O manuscrito deve o seu nome a quem o apresentou ao mundo contemporâneo: Wilfrid Michael Voynich, um livreiro norte-americano da ascendência polaca. O livro foi adquirido em 1912 no Colégio Jesuíta de Villa Mondragone, em Frascati (Itália) através de padre Giuseppe Strickland.

Dentro do manuscrito encontrava-se uma carta de Johannes Marcus Marci (1595-1667), reitor da Universidade de Praga e médico real de Rodolfo II da Germânia. Marci enviava o livro ao amigo polígrafo Athanasius Kircher, que vivia em Roma, para que este o decifrasse.
Informava-o que este era um manuscrito “medieval” que herdara do seu amigo Georg Baresch e que o seu dono anterior tinha sido o Imperador Rudolfo II, que o tinha adquirido julgando tratar.se de um livro escrito por Roger Bacon, um famoso frade, filósofo e alquimista inglês do século XIII.
O livro é composto por imagens de plantas que não se conhecem, de organismos marinhos, símbolos astrológicos e figuras humanas feminina. Estas são acompanhadas por um texto escrito em caracteres não identificáveis. Actualmente, a obra encontra-se na Bilblioteca de Livros e Manuscritos Raros Beinecke, na Universidade de Yale (Estados Unidos).

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Maldição traduzida



Uma forte maldição, inscrita nos dois lados de uma fina tabuleta, foi concebida para afligir não alguém dos altos escalões, mas um simples vendedor de frutas e vegetais há aproximadamente 1.700 anos atrás, na cidade de Antioch.
Escrita em grego, a tábua com a inscrição apareceu em Antioch, uma das maiores cidades do Império Romano oriental, hoje parte da Turquia, perto da fronteira com a Siria.
A maldição chama Iao, o nome grego para Yahweh, deus do Antigo Testamento, para afligir um homem chamado Babylas, identificado como um verdureiro. Está lá também o nome de sua mãe, Dionysia, “também conhecida como Hesykhia”. O texto foi traduzido por Alexander Hollman, da Universidade de Washington.
O artefato, hoje no Museu de Arte da Universidade de Princeton, foi descoberto na década de 30 por um grupo de arqueólogos, mas não havia sido traduzido até então.
“Oh Iao, lançador de raios e trovões, atinja, enlace Babylas, o verdureiro”, lê-se no começo da escritura. “Assim como você golpeou a carruagem do Faraó, atinja as suas [de Babylas] ofensas”.
Hollmann comenta que ele já havia visto maldições serem direcionadas a gladiadores e condutores de carruagens, entre outras ocupações, mas nunca a um vendedor de verduras e frutas.
A pessoa que faz a maldição não está nomeada, então os cientistas só podem especular o que motivou disso. “Existem maldições que são relacionadas ao amor”, afirma Hollmann, “mas essa não tem esse tipo de linguagem”.
É possível que a “magia” seja resultado de uma rivalidade de negócios. “Não é uma má sugestão que seja relacionada a uma troca ou venda”, comenta Hollmann, adicionando que a pessoa autora da maldição poderia também ser um verdureiro. Se for esse o caso, a venda de vegetais no mundo antigo era bem competitiva. “Como todo tipo de negociador, eles têm seu território, estão suscetíveis à rivalidade”.
O uso de metáforas do Antigo Testamento da bíblia sugere incialmente que o autor era judeu. Após estudar outras magias antigas, que usam metáforas, Hollmann se deu conta de que esse não é o caso.
“Não acredito que há necessariamente alguma conexão com a comunidade judaica”, afirma. “Magia grega e romana incorporaram textos judeus algumas vezes sem nem entendê-los direito”.
Além do uso de Iao (Yahweh), e uma referência a história do Êxodo, a tábua de maldição também menciona a história do primogênito do Egito.
“Pode ser simplesmente que o Antigo Testamento seja um texto forte, e a magia gosta de lidar com textos e nomes poderosos”, afirma Hollman. “É isso que faz a magia funcionar, ou faz com que as pessoas pensem que funciona