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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ciência autentica túnica de São Francisco


Pesquisadores do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) da Itália anunciaram hoje que a túnica de São Francisco de Assis (1181-1226) guardada da Igreja de São Francisco em Cortona, na região de Arezzo, foi de fato tecida durante a vida do santo patrono da Itália. Por outro lado, outra túnica atribuída ao santo e preservada na Basílica de Santa Croce, em Florença, foi tecida entre o final do século XIII e o final do século XIV, entre 80 e 180 anos após a morte de São Francisco.
As evidências para comprovar a idade das duas vestes foram obtidas através da mensuração da quantidade do elemento químico carbono 14 em ambas. O trabalho foi realizado no acelerador de partículas do Laboratório de Técnicas Nucleares para a Herança Cultural, do INFN, em Florença. A análise foi conduzida com o método de rádiocarbono, usando um acelerador de espectrometria de massa. Os pesquisadores retiraram entre 5 e 7 amostras do tecido, no caso lã, cada uma menor do que um centímetro quadrado e pesando cerca de 10 miligramas.
O santo Sudário 
Cada amostra de lã foi tratada para extrair apenas o carbono, obtendo-se assim uma pequena amostra com 0,8 miligramas. As amostras foram então colocadas dentro da câmara do acelerador, onde foram expostas a um feixe de íons de césio, que extraiu os isótopos de carbono 12, 13 e 14. A datação das relíquias foi obtida através do cálculo da proporção entre o isótopo 14 e o 12, que naturalmente é ínfima. A técnica exige uma sensibilidade excepcional dos instrumentos, pois em média só existe uma partícula de carbono 14 para cada trilhão de partículas de carbono 12.

A túnica de Cortona é uma das três relíquias franciscanas preservadas na cidade, sendo as outras uma almofada finamente bordada e um livro de salmos que se acredita ter sido trazido pelo frade Elias de Cortona (1180-1253), o primeiro sucessor de São Francisco como líder da ordem Franciscana.


As Virgens negras



sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novo estudo confirma autenticidade do Santo Sudário

Ao lado, imagem tridimensional do Santo Sudário. Acaba de ser publicado um livro que pretende desmentir a controvérsia gerada com a prova do Carbono 14 realizada em 1988, segundo a qual o Santo Sudário é uma peça da Idade Média.

Trata-se da investigação sobre o Santo Sudário do jornalista e “vaticanista” do jornal de Turim “La Stampa” Marco Tosatti (Editore Piemme), em que se mostra que o exame realizado nos laboratórios de Tucson, Oxford e Zurique contém um erro de cálculo matemático inaceitável.

Há 21 anos, a prova do Carbono 14 sentenciou que o Santo Sudário, lençol que, segundo a tradição, envolveu o corpo de Jesus após sua morte, é uma falsificação confeccionada ao redor do ano 1260.

Em seu livro, Tossati fala de novas contribuições da ciência na investigação do sudário e apresenta novas provas científicas da Universidade la Sapienza, em Roma, que nunca antes tinha investigado o sudário. Os cientistas comprovam o erro da investigação feita em 1988.

Segundo o vaticanista, os resultados dos três laboratórios não têm a margem mínima de compatibilidade estabelecida e a análise foi realizada sobre um pedaço de oito centímetros do sudário.

Em tal pedaço encontra-se a presença de algodão –o sudário é de linho– e uma espécie de goma que leva a pensar que o sudário foi remendado na Idade Média. Baseando-se nisso supostamente se demonstra que o sudário foi fabricado na Idade Média.

“Este livro está baseado apenas em dados científicos. Descartei o material que não tem estas características para estabelecer um denominador mínimo comum de conhecimentos sobre o sudário que não se podem desmentir”, explica Marco Tosatti a ZENIT.


“Este era o objetivo do livro porque eu mesmo queria uma base de certeza e sobre esta base penso que posso dizer que o Santo Sudário não é uma reprodução falsa”, afirma o autor.

Depois de falar com diversos cientistas de diferentes credos –judeus, metodistas e inclusive agnósticos– e que confirmam a falsidade desta investigação, Tosatti demonstra que a ciência ainda não pôde explicar como se formou a imagem.

Ele assegura que com nenhum aparato se pôde criar um objeto similar: “não é pintura, não há nenhum pigmento e não foi marcado por um objeto quente”, testemunha o jornalista.

“É um mistério, um dos grandes mistérios da Igreja, a maneira como se formou este tipo de imagem. Contém informação tridimensional, algo sumamente particular”, indica.

O sudário encontra-se na catedral de Turim, no norte da Itália. Nos anos 1998 e 2000, foi exibido ao público. No próximo ano, será exposto novamente, de 10 de abril até 23 de maio.

Segundo Tosatti, um dos elementos mais admiráveis do sudário é como representa o rosto de Jesus. “Se se analisa, é um rosto de uma beleza e de características tais como eu nunca vi em nenhuma pintura”, afirma.

O jornalista e pesquisador considera que este lençol é uma peça muito pouco valorizada pelos católicos.

“Creio que nós nos assustamos um pouco com este objeto tão evidente porque houve muita polêmica sobre as relíquias nos séculos anteriores, entre protestantes, católicos, racionalistas, entre outros, e, se alguém crê que é uma relíquia verdadeira, é como se isso fosse uma ideia medieval”.

“Para mim não há dúvidas. Ainda hoje com toda nossa tecnologia não estamos em condições de fazer algo análogo. A ciência nos pode ajudar a dizer que coisa é. Seguramente não é falso”, conclui Tosatti.